
Todos já ouviram falar dos boomers, geração X, Y ou millennials. Parece ser uma unanimidade que as novas gerações são mais impacientes, adoram tecnologia, valorizam a qualidade de vida e querem ser donos do próprio nariz.
Quando falamos que as novas gerações são mais descoladas, fica a impressão que eles nascem com algo diferente em relação a nós, cinquentões ou quarentões. Contudo, isso parece ser mais uma grande falácia.
Dividir as pessoas em gerações talvez seja uma forçada de barra. Os anseios e a busca interior de todas as pessoas são iguais, independente se nasceram nos anos 60, 70, 80, etc.
O que mudou nas pessoas jovens, é que nasceram num mundo mais conectado, tiveram pais menos autoritários, além de acesso a conhecimentos inatingíveis aos ”tiozões” de plantão.
Pessoas jovens, que vivem num ambiente de liberdade e com acesso irrestrito aos conhecimentos do novo tempo, certamente serão impacientes, descolados, preocupados com o meio ambiente e com sua carreira, que terá que ser rápida e aguda.
Mas a chamada nova geração ainda não teve respondidas as questões que realmente importam: qual seu papel no mundo? Para onde sua jornada os levará? Por que estão neste planetinha aqui e agora?
As escolas hoje e na época do grupo escolar, não conseguem responder as questões humanas universais. Apenas formam pessoas para o trabalho e para o consumo, que move o mundo, não é?
Então, não importa a década em que nascemos. Temos os mesmos problemas existenciais para sanar.
A diferença é que hoje nossos filhos podem levar suas namoradas ou namorados para dormir nos seus quartos, sem que a casa caia.
Afinal, nós, os boomers, temos mais o que fazer do que infernizar nossos rebentos. Precisamos tirar o atraso daquilo que não fizemos quando estávamos no colegial técnico.