Segundo Tim Jackson no seu livro Prosperidade sem Crescimento, prosperidade é uma visão partilhada. Nossas tecnologias, economia e aspirações sociais estão todas desalinhadas com qualquer expressão significativa de prosperidade.
A visão do progresso social, que nos impele, baseada na expansão contínua dos desejos materiais, é indefensável. Seria possível pensarmos em prosperidade em um mundo finito, com uma população que deverá passar dos 9 bilhões dentro de décadas com todos os limitadores ambientais?
A solução convencional seria pensarmos a prosperidade em termos econômicos e apelar para a continuidade do crescimento para viabiliza-la, apelando para o crescimento do PIB per capita, que é a medida tradicional para avaliar a prosperidade de um país.
Contudo, a desigualdade no mundo é algo alarmante. Um bilhão de pessoas no mundo vive com menos de 1 dólar por dia, enquanto as nações desenvolvidas estão com suas necessidades básicas mais do que resolvidas e o aumento do consumo já não traz mais acrescimentos em bem-estar, prosperidade e mesmo, felicidade.
Não seria melhor deter a busca incansável pelo crescimento nas economias avançadas e nos concentrarmos em partilhar os recursos disponíveis de forma igualitária? A busca por um sistema econômico que não priorize o crescimento e a exploração dos recursos naturais, e sim, estimule a distribuição da riqueza, das oportunidades, num ambiente diverso e sustentável, é o que denominamos de “Nova Economia”.
Introdução
1
Estabelecimento de limites para a degradação ambiental com metas de redução do uso de recursos e emissões.
2
Reforma fiscal para a sustentabilidade.
3
Apoio à transição ecológica em países em desenvolvimento.
Conjunto de medidas para mudar o sistema econômico baseado no crescimento
4
Desenvolvimento de uma macroeconomia ecológica.
5
Investimentos na geração ecológica de empregos e infraestrutura.
6
Aumento da prudência fiscal e financeira.
7
Mudanças no mundo do trabalho que incentivem a produtividade e o compartilhamento do trabalho existente.
8
Enfrentamento da desigualdade sistêmica.
9
Fortalecer o capital social e as comunidades.
10
Desmantelar a cultura do consumismo.